O Observatório da Desinformação inaugura em 21 de junho de 2024 seu boletim, para nos auxiliar no enfrentamento da desinformação em nossa região. Falar em cidadania e democracia tem a ver também com fortalecermos de maneira articulada e saudável as reflexões dos acadêmicos, jornalistas, lideranças comunitárias e cidadãos envolvidos e dispostos a visar o bem comum para nossa região.

As mentiras, as distorções, as provocações nos distraem do que é fundamental para a vida comunitária, que é pensar como podemos crescer e prosperar de maneira inclusiva e sustentável. A desinformação mobiliza nossas forças para discutirmos entre nós, nos separarmos, esquecermos o que é de fato fundamental, que é trabalhar para o bem estar social.

Há um conhecimento vivo e pulsante que está sendo desenvolvido sobre a natureza da desinformação e como combatê-la em nossa região. Nosso papel aqui é articular esses pensadores, esses ativistas, essas lideranças comunitárias, essas iniciativas em uma perspectiva temática, para gerarmos discussões cada vez mais qualificadas sobre cada frente temática da desinformação.

Mensalmente, com auxílio de nossos parceiros observadores, vamos discriminar as principais frentes de desinformação, e também indicar onde é possível buscar dados, informações e conhecimentos para lidar com o que observamos. Em sequência, queremos chamar esses intelectuais para conversar entre si em linguagem corrente, abrindo o diálogo mais amplamente. A ideia é nos juntarmos por temas de investigação, interligar nossa reflexão, e discutirmos juntos, sempre considerando conjunturas regionais ou nacionais. 

Essa dinâmica para a qual queremos te convidar a participar é o desenvolvimento da proposta de livre docência do Prof. Michel Debrun, em que ele sugere que os intelectuais, sejam eles acadêmicos ou não, podem oferecer à sociedade análises das conjunturas brasileiras e assim aportar um certo bom senso em interlocução com o senso comum. Consideramos a reflexão sobre sentimentos na política, com respaldo no trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa “História e Linguagens Políticas: razão, sentimentos e sensibilidades”. E temos como referência contínua o vínculo entre as ecologias mental, social e ambiental defendidas por Félix Guattari.

Vem conosco, nós queremos dialogar bem acompanhados.